_
MARTA WENGOROVIUS
Nos últimos anos tenho desenvolvido um conjunto de obras – desenhos e performances – que convocam o receptor/observador a uma acção, e para que isso aconteça proponho instruções de uso, inscrevendo-as como texto nas peças: indicações que possibilitam ao observador um modo particular de relação com a obra, consigo mesmo ou com o mundo.
Nestes desenhos-gravuras realizados para as carruagens do metro, continuo essa investigação: um texto–instrução e uma imagem que se complementam.
A imagem – um quase-monocromo escuro, que poderá sugerir a obscuridade nocturna, ou neste caso, a escuridão subterrânea - foi gerada por uma única matriz, variando apenas cromáticamente de forma subtil.
A instrução de uso que pertence a cada desenho-gravura, é uma possível orientação nessa noite: uma bússula que altera o ponto de vista, uma luz diferente projectada sobre essa noite semelhante – e desse modo, esse texto-instrução reconfigura a própria imagem (a mesma, já não sendo a mesma) e, com ela, o espaço e o tempo do observador.
Intervenção num dos 'espaços perdidos' numa estação do Metro de Lisboa
Tenho ao longo do meu trabalho usado espaços públicos para “Conversas”. Gosto de pensar na ideia de que um tema se pode conversar na “rua” e que isso implica que quem passa se possa juntar à conversa; assim seguindo o mesmo tema dos desenhos, esta ideia de noite e de bússula será trazida para uma conversa “subterrânea” numa das estações do Metropolitano de Lisboa
BIOGRAFIA
Marta Wengorovius (Lisboa, 1963) formou-se na Faculdade de Belas Artes de Lisboa (1988). Estudou e leccionou no Ar.Co. Foi Academic Observer em Goldsmith College, Londres (1993). É Mestre em Artes Visuais pela Universidade de Évora (2007) e professora de Desenho e Estética na Universidade Lusófona desde 2000. Frequenta o doutoramento em Arte Contemporanea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.
Expõe individualmente, em Portugal e no estrangeiro, desde 1989 (Galeria Módulo; Galeria Valentim de Carvalho; Galeria Pedro Cera; Culturgest-Lisboa; Museu de História Natural-Sala do Veado; Fundação Oriente-Macau; Instituto Camões-Paris; Galeria Caroline Pagés; Centre Culturel Calouste Gulbenkian-Paris; Galeria Alecrim 50, MNAC-Museu do Chiado).
A sua obra está representada nas seguintes colecções: Centro de Arte Moderna - Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Colecção Berardo, Fundação Luso-Americana, Caixa Geral de Depósitos, Banco do Comércio e da Indústria, Ministério da Administração Interna, Fundação Ilídio Pinho, Fundação Portugal Telecom, Banco de Portugal, Unicre, Cimpor, assim como em numerosas colecções privadas.
Em 1994, recebeu o Prémio União Latina.
www.martawengorovius.com
Nos últimos anos tenho desenvolvido um conjunto de obras – desenhos e performances – que convocam o receptor/observador a uma acção, e para que isso aconteça proponho instruções de uso, inscrevendo-as como texto nas peças: indicações que possibilitam ao observador um modo particular de relação com a obra, consigo mesmo ou com o mundo.
Nestes desenhos-gravuras realizados para as carruagens do metro, continuo essa investigação: um texto–instrução e uma imagem que se complementam.
A imagem – um quase-monocromo escuro, que poderá sugerir a obscuridade nocturna, ou neste caso, a escuridão subterrânea - foi gerada por uma única matriz, variando apenas cromáticamente de forma subtil.
A instrução de uso que pertence a cada desenho-gravura, é uma possível orientação nessa noite: uma bússula que altera o ponto de vista, uma luz diferente projectada sobre essa noite semelhante – e desse modo, esse texto-instrução reconfigura a própria imagem (a mesma, já não sendo a mesma) e, com ela, o espaço e o tempo do observador.
Intervenção num dos 'espaços perdidos' numa estação do Metro de Lisboa
Tenho ao longo do meu trabalho usado espaços públicos para “Conversas”. Gosto de pensar na ideia de que um tema se pode conversar na “rua” e que isso implica que quem passa se possa juntar à conversa; assim seguindo o mesmo tema dos desenhos, esta ideia de noite e de bússula será trazida para uma conversa “subterrânea” numa das estações do Metropolitano de Lisboa
BIOGRAFIA
Marta Wengorovius (Lisboa, 1963) formou-se na Faculdade de Belas Artes de Lisboa (1988). Estudou e leccionou no Ar.Co. Foi Academic Observer em Goldsmith College, Londres (1993). É Mestre em Artes Visuais pela Universidade de Évora (2007) e professora de Desenho e Estética na Universidade Lusófona desde 2000. Frequenta o doutoramento em Arte Contemporanea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.
Expõe individualmente, em Portugal e no estrangeiro, desde 1989 (Galeria Módulo; Galeria Valentim de Carvalho; Galeria Pedro Cera; Culturgest-Lisboa; Museu de História Natural-Sala do Veado; Fundação Oriente-Macau; Instituto Camões-Paris; Galeria Caroline Pagés; Centre Culturel Calouste Gulbenkian-Paris; Galeria Alecrim 50, MNAC-Museu do Chiado).
A sua obra está representada nas seguintes colecções: Centro de Arte Moderna - Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Colecção Berardo, Fundação Luso-Americana, Caixa Geral de Depósitos, Banco do Comércio e da Indústria, Ministério da Administração Interna, Fundação Ilídio Pinho, Fundação Portugal Telecom, Banco de Portugal, Unicre, Cimpor, assim como em numerosas colecções privadas.
Em 1994, recebeu o Prémio União Latina.
www.martawengorovius.com